Sunday, November 11, 2007

eLearning Lisbon 2007 Conference : some notes





Depois da eLearnig Conference - Towards a learning society, Bruxelas, 19-20 Maio 2005, da UE eLearning Conference 2006 - Technology Enhanced Learning – Catalyst for Change and Innovation, Espoo, Finlândia 04-05 Julho 2006, foi a vez de me deslocar a Lisboa em busca de novas paisagens no elearning.

Desta vez bem mais perto, a eLearning Lisboa 2007 - Connecting Innovation to People. teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa e decorreu entre 15-16 Outubro 2007.



Claudio Dondi, Diogo Vasconcelos, Paul Lefrève,  
Markku Markulla, Rogério Carapuça
eLearningLisboa 2007

O programa era promissor, temáticas aliciantes, oradores bem conhecidos!


Não estava muito certa de ser seleccionada. Devido aos imensos afazeres de arranque de um novo ano lectivo, deixara quase para último dia a minha inscrição.

Tentadora era, no entanto, esta nova oportunidade de poder participar, ouvir, partilhar conceitos sobre os actuais paradigmas da evolução do e-learning, decorridos dois anos após as conferências de Bruxelas e da Finlândia.





Sob Presidência Europeia, Portugal não perderia a oportunidade de dar boa imagem do avanço na Educação e Formação pelo debate e intercâmbio de ideias entre todos os participantes.

Um conferencista prometia desde logo um diálogo vasto, já que criara uma grande expectativa com a publicação do seu último livro!





Doctor Marc Roesenberg
eLearning Lisboa 2007
Fotografia: ©GSouto*
 
Marc Rosenberg, o guru do elearning, consultor, escritor e orador de prestígio, é um veterano da formação, aprendizagem organizacional, elearning, gestão do conhecimento e melhoria do desempenho. Mas outros havia que me chamavam a atenção!


Slide : Marc Rosenberg
elearning Lisboa 2007

Marc Rosenberg proferiu um apresentação onde falou do novo paradigma da aprendizagem, da necessidade de pensar para além dos cursos e das salas de aula, e da sua visão do blended learning.





Slide : Marc Rosenberg
elearning Lisboa 2007

No artigo “What Lies Beyond E-Learning?” Marc Rosenberg abordou as 6 principais transformações do e-learning nos próximos anos:

For the most part, the e-learning changes and challenges that are fast approaching will help propel the field into a new evolutionary phase—if we’re open-minded and ready to recognize them. Essentially, we will witness six fundamental, and somewhat interrelated, transformations in the field over the next few years:

1. E-learning will become more than “e-training.”
2. E-learning will move to the workplace.
3. Blended learning will be redefined.
4. E-learning will be less course-centric and more knowledge-centric.
5. E-learning will adapt differently to different levels of mastery.
6. Technology will become a secondary issue.”


Não poderia ficar espectadora à distância, como já me acontecera com a eLearning 2006, na Finlândia. Nela só pude participar na Conferência Virtual. Embora tivesse sido convidada para me deslocar à Finlândia, esse convite nunca me chegou às mãos.

Depois de me inscrever online na eLearning Lisboa 7, aguardei! E continuei a entregar-me por inteiro aos novos alunos que me aguardavam nas salas de aula!

Essas eram as minhas preocupações do momento! Dedicar-me ao ensino e aprendizagem de novos digital kids, à consecução de projectos, e à integração destes novos aprendentes em:
Em fase de grande azáfama, organizei todas as minhas actividades de modo a deslocar-me a Lisboa. Exaustivo certamente seria! O ano lectivo começara num clima de grandes tensões internas e muito stresse!
 
Isso implicou esforço pessoal e económico! Mas, saí enriquecida de um encontro que apresentou e debateu os actuais caminhos neste reinventado mundo do elearning!
 
E a minha constante sede de actualização de percursos pedagógicos, nesta vontade inabalável de cativar os jovens para a escola do século XXI, não deixa que me afaste destes acontecimentos!

O perfil dos alunos mudou radicalmente nos últimos anos, é um facto. Há que saber acompanhá-los, orientá-los nos caminhos dos saberes para que adquiram autonomia nas competências que se pretendem para a nova sociedade do conhecimento. E que alarguem os horizontes das suas aprendizagens, segundo os novos paradigmas sociais, culturais e intelectuais.

Patrocinada pela União Europeia, e organizada por Portugal, a eLearning Lisboa 2007 reuniu oradores e participantes, na sua maioria professores e investigadores, vindos essencialmente da Europa. Marc Rosenberg, esse veio  dos Estados - Unidos.

"I always enjoy hearing about what is going on in Europe with regard to e-learning. While I understand that government can’t do everything, I am impressed with the value the EU has placed on technology-based learning.(...)

Marc Rosenberg

Organizações como a Microsoft e Cisco Systems não podiam deixar de se fazer representar. Diogo Vasconcelos, director da Cisco Portugal.

Destas, gostaria de salientar Kevin Johnson manager do sector para Educação na Europa, pela Cisco, Portugal, bem como o Diogo Vasconcelos. Pela Microsoft, Elena Bonfiglioli que nos pôs a par do investimento feito no nosso país, ligado ao programa de Cidadania.

Todas as intervenções tiveram como base as mais actuais experiências do eLearning como factor de assegurar a Coesão Digital e Social, requalificar a Sociedade do Conhecimento, e valorizar todos os cidadãos pelo uso das competências digitais de modo a melhorar a qualidade de vida e incentivar o lifelong learning.

Houve momentos teóricos, academicistas, alguns profundamente monótonos e nada originais. Notou-se uma repetição clara de oradores em várias sessões!

Penso que para a dimensão de participantes inscritos, talvez tivesse sido interessante, alargar prazos de modo a permitir um maior número de speakers.

As sessões variaram, mas assistiu-se, em algumas delas, a comunicações já ouvidas.


Professor Etienne Wenger
eLearning Lisboa 2007
 Fotografia: ©GSouto*

Destaco com prazer Yves Punie, Markku Markulla, Etienne Wenger, e em extremos discutíveis, mas provocatoriamente interessantes, Wim Veen.

Estes os oradores que se evidenciaram pela qualidade das suas comunicações e pelo interesse que despertaram no debate com os participantes!

E claro está! Marc Rosenberg o keynote speaker e excelente comunicador foi o centro das atenções!

Fiquei satisfeita de me sentir enquadrada, pelo caminho que percorro, baseado na minha experimentação, ao ouvir estes oradores, ao longo de dois dias.

Conclui-se então que o blended learning (combinação de ensino presencial - em sala de aula - com ensino semi-presencial - ferramentas ou recursos online) é já um conceito praticado com sucesso e talvez o mais positivo nas comunidades de aprendizagem.


NetWorks

Mas, regresso à escola. E aí... o sonho altera-se bastante! O meu entusiasmo esmorece! É que a escola continua a viver num ritmo muito diferente! E difícil é gerar novas mentalidades!

É urgente a Escola actualizar os currículos, de acordo com a nova tipologia de alunos, sob pena de se ver confrontada com um crescente insucesso, por parte dos alunos, e a desmotivação dos Professores que querem e sabem agir com processos bem actuais, apresentando conceitos e ferramentas de ensino e aprendizagem diversificadas, mas a quem não são dados os meios e... lhes cortam as oportunidades!

Espaços mais curtos de aula e o seu natural prolongamento com recursos educativos digitais concebidos e estudados segundo o novo perfil de aprendentes, numa vertente dinâmica e desafiadora, quer para Professores quer para alunos.

A cultura socializou-se! Os blogues, wikies, moodle, second life, as comunidades de prática vieram generalizar a partilha de informação.



Second Life

A nova geração que Rosenberg apelidou de "google generation" (e nós que privamos com ela nas escolas, sabemos como isto corresponde à realidade!) quer aprender melhor, em contextos que a desafiem e a compreendam, numa variante bem mais virada para a actualidade com que vive fora da escola!

Queremos continuar a utilizar os métodos descontextualizados dos alunos?

"É urgente educar para aprender e não para ser ensinado!"

É preciso ajudar a lidar com a informação, não para copiar, mas sim para avaliar, seleccionar, tratar!

É motivador desafiar para a partilha de conhecimentos em comunidades de aprendizagem na escola e para além dela, online!

Deixo então três palavras de Rosenberg:
  1. Start small
  2. Think big
  3. Be ready to skill

Some impressions about my participation at eLearning Lisboa 2007 - Connecting Innovation to People.

Great Keyspeakers! Marc RosenbergYves Punie, Etienne Wenger, Roberto Carneiroand other good speakers enriched so much my experience on elearning.

Wonderful keynotes, some interesting workshops, such a great network on elearning and the future of education.

G-Souto

11.11.2007
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Wednesday, June 13, 2007

Educação para a Sexualidade: curriculos




Fotografia: Valentina Petrova|AFP 2006

Incluir ou não incluir a Educação para a Sexualidade nos currículos escolares. Eis a questão!?

Há pouco dias, melhor no dia 1 de Junho - Dia Mundial das Crianças - a RTP2 passou, pelos vistos, em hora de desenhos animados, isto pelas 20H30, um filme sobre Sexualidade para maiores de 7 anos que deveria ser visto com acompanhamento familiar.

Houve protestos sobre o filme e sobre algumas cenas nele contidas.

Não o vi, por isso não vou debruçar-me sobre o seu conteúdo. Prefiro sim, explanar algumas das ideias que me suscitam estas questões.

Embora não directamente ligada a esta problemática, já que os meus currículos passam sobretudo pela Língua e Literatura Portuguesa e pela Educação para a Cidadania, este tema acaba por atravessar quase permanentemente as minhas aulas.

Os temas abrangentes, na análise do texto literário propriamente dito, nos debates, trocas de ideias, questões e interrogações que se geram em torno de textos informativos, e/ou formativos, assuntos de cultura geral, ligados à actualidade que a força e o lugar ocupado na vida dos jovens pelos media e pela Internet têm, é impossível manter afastado da sala de aula a temática da Sexualidade.

E acho saudável! É pelo diálogo esclarecedor que se chega à apreensão do verdadeiro conhecimento do saber ser, saber estar, para saber construir e também saber não cair.

Das várias questões que colocam, Pais e Educadores, penso que acima de tudo é bom relembrar que as crianças e os adolescentes vivem com seus Pais, e que não compete à Escola "ultrapassar" a função da família.


Adolescência
O Professor Daniel Sampaio, segundo li, acabou por afirmar no comentário do filme que os problemas da adolescência e a prevenção da gravidez precoce começam pelo acompanhamento adequado da criança na infância, logo, em ambiente familiar.

Uma razão de peso para a Escola não se sobrevalorizar e muito menos para as famílias não se desresponsablilizarem  das suas competências.

É aos Pais que compete estar atentos! Não aos Professores estar preocupados porque os Pais podem não estar atentos!

Não há que subverter papéis! Eles são os Pais, nós somos os Professores, moderadores, algumas vezes (muitas vezes!) e apoio dos adolescentes. Quantas vezes, os "alertadores" dos Pais para muitos problemas que observamos, no nosso dia-a-dia, em contactos com os adolescentes.

A Escola é, e deverá sempre ser um complemento da família nestas questões de educação (princípios, não aprendizagens e construção do conhecimento).

Não deve ser nunca a substituta da família na função educativa e formativa dos jovens.

Complementar sim, substituir não! Daí que haja actualmente tantos enganos!

Devo dizer que sou a favor da inclusão do currículo de "Educação para a Sexualidade" no percurso escolar dos alunos, mas nesta base. Sempre e só nesta  base!


A Cabeça no Ar
Manuel A. Pina
Quasi Edições

(...)
(embora sem ser)
e ficar muito quietinho a ser,
os tecidos a tecer,
os cabelos a crescer.
E isto tudo a acontecer!
(...)

Manuel António Pina, A Cabeça no Ar, O Pássaro da Cabeça, Quasi Edições

G-Souto

13.06.2007
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